UMA de tantas.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
UMA de tantas.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
O bom Legião de todo dia, pra todas as horas.
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só.
Porque esperar
Se podemos começar
Tudo de novo
Agora mesmo...
A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance,
O sol nasce pra todos,
Só não sabe quem não quer...!
Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só.
Até bem pouco tempo atrás,
Poderíamos mudar o mundo,
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor,
E toda dor vem do desejo,
De não sentimos dor...!
Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só.
(Legião)
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
bem femininas. Mais triste e lamentável do que o original.
Mas minhas estradas nem sempre foram complicadas. E até este exato momento, já temerosa
dos primeiros cabelos brancos e gozando de confortável complacência com o passado, vejo que de nada me arrependo oficialmente. Entendo isso como sucesso. Mesmo tendo plena consciência das incontáveis e magníficas chances que perdi, correndo pelas ruas à procura de um banco para descansar, sempre exausta das tantas andarias na tentativa me encaixar como um tijolo das pirâmides do Egito, perfeitamente adaptados sem uso de cimento, neste mentecapto globo coberto por terra. É claro demais que essa perturbação constante fez de mim alguém sem norte, ao menos no que dizia respeito à visão de mundo que eu tinha. Vez em quando, eu deitava para dormir medrosa por conta destes desacertos que eu considerava puramente ópticos – pois, no mais, e mesmo aos trancos e barrancos, eu aceitava bem as intempéries e aprendia muito com tudo que conseguia captar -, que não me permitiram enxergar oportunidades, aos montes por aí, de provar que as coisas não eram bem assim. Então, ali, no escuro, eu refazia meus passos. Num toque fácil e acessível à mente, recobrava imagens registradas no inconsciente, e vasculhava cada canto. Às vezes, encontrava algo antes despercebido e resgatava. Nessa atmosfera lúgubre que criei para mim, há sempre esta alternativa viva e latejante. Acho que um dia cansarei de tentar consertar os caminhos percorridos. Mas não sei. Algo se agiganta de uma forma dentro de mim, que não posso evitar minhas fantasias. Ainda bem. Guardo forças para os momentos de desgraça que ainda virão... Num cantinho secreto das emoções, cujo endereço até mesmo eu desconheço por motivos de segurança. Quase impossível de ser tocado. De caráter abstrato e fugaz.
(...)
Eu que até ontem flutuei pelas estradas tortuosas com Kerouac, e naveguei pelas terras quentes e afofadas por palavras doces de Fernando Pessoa, em noites embriagantes de tanto amor... mergulhada em cativantes ondas de neve nos contos de José Condé, e enfeitiçada até às cutículas pelas lúdicas mentiras de Ariano Suassuna e uma porção família de outros, agora experimentava algo parecido com nostalgia ao ler, ao som da chuva da tarde que se prepara para partir, O livro
da Solidão, de Cecília Meireles, a um moribundo derrotado encantador. Era como ler um último livro. Não eu. Mas eu naquele mundo. Num mundo no qual aquelas pessoas todas com quem convivia – mesmo as milhares das quais eu nem tinha conhecimento – estavam registradas em minha consciência, sabidas por mim vivas ou mortas. Naquele dia, semana, ano, década. Ali. Ler pela última vez com o perfume de jasmim servindo de papel de parede para minha estória concretizada em mentalização. Dei uma pausa, olhei o soro que pingava lentamente, e desci para um café. Ele pareceu me incentivar com os olhos marejados, acompanhando meus passos pela quieta sala. Estávamos no último andar do hospital que, àquela hora da noite, em um sábado quente de verão, estava o mais vazio possível. O fim de ano se aproximava, para mim, não para Max. Um novo e pesado piscar de olhos e flash’s me trouxeram ele novamente, que apesar de toda aparente valentia, me demonstrava o medo de quem também sentira na pele os efeitos desastrosos da ideologia coletiva de quem devia não só dominar socialmente as mulheres, mas sim o mundo. Numa postura decorada firme, seu rijo sentar e sorrir nada puderam disfarçar a doçura que seus olhos entregavam de bandeja.
(Trechos do livro Sinceras desculpas - de Simone Dutra -, ainda em fase de produção)
terça-feira, 15 de novembro de 2011
A Grande Faxina
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
O "contrato" social...
domingo, 9 de outubro de 2011
(i)regrado
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Dos dias
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Há tempos
"Parece cocaína
Mas é só tristeza
Talvez tua cidade...
Muitos temores nascem
Do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora
Da virtude que perdemos...
Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro...
Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso...
Os sonhos vêm e os sonhos vão
E o resto é imperfeito...
Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira...
E há tempos
Nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
E há tempos são os jovens
Que adoecem
E há tempos
O encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
Só o acaso estende os braços
A quem procura
Abrigo e proteção...
Meu amor!
Disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem
(Ela disse) Lá em casa tem um poço
Mas a água é muito limpa..."
sexta-feira, 29 de julho de 2011
nosso mundo abstrato
eu acordei no meio do vendaval
como quem não sabe onde está
quando me dei conta o comum já tinha tomado conta de mim
olha aquela nuvem lá
olha o sol escondido logo atrás
e este vento querendo me levar
seguindo a linha do horizonte
vamos caminhar até aonde os nossos pés não vão mais
vamos andar livres pelo espaço
descobrir o nosso infinito
onde a nossa calma está
eu tive um sonho maluco onde tudo havia acabado
e eu tinha morrido
então me dei conta de que se tudo é simples
o nada é muito difícil
sente a melodia do amanhecer
e esta paz que vem me fortalecer
como se nada eu pudesse temer
seguindo a linha do horizonte
vamos caminhar até aonde os nossos pés não vão mais
vamos andar livres pelo espaço
descobrir o nosso infinito
onde a nossa paz está - nossa paz está!!
imagine como é olhar para o céu
e não ver mais a essência de tudo que existiu
e as estrelas sem luz...
(Letra de Simone Dutra, Márcia Tomazzoni e Sinara Dutra)
terça-feira, 12 de julho de 2011
Vida, agora
Eu, uma exagerada pesquisadora dos segundos, passei a vida refletindo sobre a existência e tentando extrair dela o melhor com avidez e pressa, embora mal saiba definir com profundidade honesta o que poderia sugerir o contrário dela. Mas eu não fugi ao comum, e contradizendo meus tantos romanceados escritos, também me acostumei com o enigmático TEMPO.
Talvez, ao contrário de nós, ignorantes da própria sorte até então, seu texto possa ir mais fundo usando das mesmas e corriqueiras frases que em tantos e eternizados momentos verbalizamos entusiasmados mas não conseguimos praticar.
Não tenho mais a dizer. Cedo este espaço à mensagem velha e repetida do vamos viver tudo o que há para viver - e a um último pedido de sua mãe - de alguém que sabia do que falava.
Em algum lugar da cidade, um menino rabiscava no papel... algo que pode tocar o coração de alguém; hoje, neste momento.
"Vida, agora
Nascer, crescer e morrer, parece estúpido demais, levando em conta a perfeição do organismo humano, as capacidades humanas e o desenvolvimento do pós-morte, seria ignorância demais, ou talvez, fácil demais crer que não passamos de seres orgânicos, e que a vida não passa de uma breve passagem.
A vida pode ter tantos sinônimos, tantas definições, mas certeza mesmo só temos uma, a vida é o presente, é o agora, é o inspirar e o expirar o oxigênio, é o bater do coração, é o sentir; pois depois do agora, tudo é limitado.
O agora é oportunidade para tudo. Para fazer, realizar, para construir, para sentir... Mesmo o agora sendo tão precioso, valorizamos antes dele o passado, apreciando as lembranças, ou o futuro, investimos energias para fazer planos e mais planos...
Se a vida é o agora, e isso é uma certeza, você já se perguntou o que estás fazendo do seu agora? Afinal, o agora é seu passaporte pra tudo. Por que você não está fazendo agora o que planeja fazer amanhã ou depois? Não importa limitações para o seu agora, esqueça as datas... os horários e os custos... sinta o seu agora circulando pelas suas veias, penetrando em suas narinas... Desfrute seu agora, ele é sua grande certeza, seu maior tesouro. O agora é vida, vida é ser, sentir... tudo no presente, pois o futuro é incerteza, o passado é intocável e o agora é tudo... tudo que você tiver vontade."Thales Machado (05/09/10) (AM 01:31)
terça-feira, 5 de julho de 2011
Uma manhã de inverno
Acordei com os pés quase congelados. A cabeça meio tonta. Vontade zero de levantar meu corpo para minhas obrigações.
Mas nem mesmo havia o desejo de estar ali, deitada com o músculos doendo naquela cama, de tanto me virar a noite inteira. Eu tinha a certeza, naqueles instantes infernais e sem resquício algum de ânimo, de que eu não sabia o que queria nos segundos seguintes.
Desejei, então, quase desesperadamente, que alguma tragédia acontecesse, que me desse algum sentido para prosseguir com mais entusiasmo, ou menos, que fosse.
Mas mesmo com tudo isso, levantei-me. Havia compromisso seríssimo a cumprir. Aquele que nos garante mais um mês de contas pagas, e algo a mais para ajudar o tempo a passar.
Vesti-me de forma desconfortável, pela provável necessidade de repaginada no armário – coisa que nunca fiz, aliás. E saíra de forma apressada – o que odeio -, quase atrasada, e sem nenhuma motivação.
Na rua, o sol me veio nostálgico. Algumas esquinas ensolaradas e frias estavam elegantemente tristes e belas. Senti saudade de algo que não pude decifrar. Um aperto no peito, daqueles que doem demais, e não existem palavras para descrevê-los.
Segui meu caminho e procurei não levantar-me a questão da minha vida estar tão bagunçada e quando eu me dei conta era nisso que eu estava a divagar. Mas depois de eu sofrer por alguns instantes, tudo passou quando eu percebi que minha vida sempre fora bagunçada e que esse era o traço mais marcante da minha personalidade. Então me senti em casa outra vez.
O resto do caminho procurei não recordar os sonhos da adolescência morta. E estive atenta às pessoas nas ruas, seus penteados, suas roupas, seus carros... nesta manhã ninguém me causou inveja. Fiquei feliz comigo mesma.
E então a tarde se aproximava de mim. Era o fim daquela manhã de horas inacabáveis. Sutil e banal, quase desapercebível, não fossem as doses pequenas de depressão, nostalgia, tristeza e frustração.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Do velho teatro
domingo, 12 de junho de 2011
Revendo nossos hábitos - por um Vegetarianismo ético*
terça-feira, 31 de maio de 2011
Divagando sobre a moral e a ética...
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Água viva
terça-feira, 17 de maio de 2011
A solitária
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Lugar-nenhum II
terça-feira, 10 de maio de 2011
Futilidades e tolices
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Resumo da noite: sonho e pesadelo
Após mais alguns desgraçados minutos de total indignação e impotência (ainda com a sensação de estar morando num cortiço), chego a conclusão de que só havia um motivo possível para aquela descabida festa em uma quinta-feira idiota que ultrapassava todos os limites do bom senso: eles haviam ganho na loteria!! Só podia ter sido isso. Liguei o ventilador para abafar a barulheira, uma última medida desesperada.
Então eu estava num sonho louco; pesadelo. Fazia uma prova superimportante e, de repente, tinha uma branco daqueles. Um colega me tocou uma caneta e nela continha todas as informações que eu precisava. Só que eu comecei a cegar aos poucos. Quando olhei no relógio, já havia passado 1 minuto da hora de entregar a porcaria da prova. Eu estava reprovada! Depois, uma explosão me separou definitivamente de Jaque e Sinara, e me fez dormir na rua e perambular dias e dias sem telefone celular e dinheiro. Ao fim, retornei ao colégio onde tudo começou, mas havia mais ninguém lá. Porém, no caminho, encontrei uma praia linda e inabitada. Pessoas ao meu lado me elogiavam o lugar, sem cogitar ser eu uma sobrevivente; e eu de pedir ajuda a eles para voltar pra casa.
Desperto no meio da noite e recordo conversas bobas que tive com Márcia e Sinara na internet e rio sozinha. Lembro novamente da festinha sem explicação que, com certeza, me causou aquele dormir turbulento e a odeio. Márcia dizia mais cedo que precisava se encontrar consigo mesma. Aí eu a pintei como uma maluca de capuz, vagando pelo campus da universidade com olhos borrados de preto e um cigarro na boca, e todas rimos, com nossas taças de vinho imaginárias nas mãos, cada uma em um canto da cidade, rindo das desgraças da vida juntas. Para completar, aconselhada por ela, quis ser uma velha no fim de sua fodida vida, com chapéu de palha e poucos dentes na boca, arando a terra de um sítio e desenterrando uma carta, convicta de sua vida difícil e nostálgica de toda a juventude, que começava assim: Querida e velha amiga...
O dia amanheceu e mais uma vez o teto lilás... Tomando café, eu segui o dia sonhando com nosso sítio, ao lado de Jaque novamente. Só que agora com o silêncio da tarde, que gritava tão alto quanto aquelas crianças da noite anterior. Eu não estava mais perdida...
quinta-feira, 5 de maio de 2011
O novo que virá
Então, a luz da lua faz iluminar. E a noite se faz total onipresente, imponente.
Mais horas se passam, num girar sem notar do planeta, e o sol novamente surge para dar luz a um novo dia. E assim, tudo outra vez. Assim, a vida vai se completando, para cada um, a sua forma. Ele nasce, ilumina o mundo, e tudo acorda para viver.
Criatura e as suas determinações. Seus instintos puros e impuros, sempre sob os julgamentos de um tal deus. Essa é a vida que se ensina, a vida que se aprende. A vida que as pessoas creem e querem amar.
Nos afloramentos sentimentais coletivos, a certeza é de que tudo será positivo e melhor no dia porvir. Que as pessoas serão mais educadas, mais belas, mais ricas, mais inteligentes, mais tudo de bom que haja para se desejar.
Festeja-se com champanhe, enquanto molha-se os pés no sal do mar, em meio a centenas de pedidos aos santos e estrelas para que sejamos abençoados pelo que tivermos que ser - pela água, pelas montanhas, nuvens e ar -, mais fortes, mais maduros, tolerantes, compreensivos e etc, dali pra frente; relembramos pessoas, choramos a nostalgia de momentos felizes, e a tristeza dos ruins; lamentamos, despreparados, os nossos erros e sofremos os arrependimentos de atitudes bobas e desesperadas que partiram de nossas mãos.
Mas ao nascer do sol do dia seguinte, ao passar do porre, alcoólico ou o emocional - de alegria -, percebemos, fria e decepcionadamente, que tudo está igual. Os nossos problemas são os mesmos. Nossos defeitos. Medos. Anseios. Nada está diferente do dia/ano que passou em algumas horas atrás.
Sabemos, pois mais maduros, e não por causa de numeração, mas porque amadurecemos a cada instante, a cada migalha de dor ou de felicidade, que teremos, se tivermos sorte, que enfrentarmos tantas provações ao longo dos nossos próximos minutos...
Sabemos que a vida continua e se algo muda é o nosso jeito de tratar do que temos, sejam as coisas boas ou ruins. E que o peso dos nossos carmas são pesos que teremos que carregar sós. E que as nossas dores só tocam a nós, e mesmo repartidas, são nossas, de ninguém mais.
E nessa reflexão que deprime após tanta euforia nas promessas e almejos no "tudo agora será diferente" - na imaginação inocente de que tudo será perfeito - a queda é de um degrau gigante, que nos remete à vida real; a realidade da qual não podemos subterfugiar em canto algum do universo.
E assim... segue o otimismo com suas facetas. A virada do ano é mais uma. Um motivo, uma data, para que todos tenham a fé de serem o que desejam ser momentanea ou futuramente... nesta caminhada cheia de joguetes e ciladas de cada inacabável dia.
domingo, 1 de maio de 2011
Lugar-nenhum I
quinta-feira, 28 de abril de 2011
O que você quer?
É claro que eu mudei também. Me formei com a ingênua ideia de salvar alguns mundos, e tive de brigar por um emprego, me permitindo a fazer coisas que nunca havia pensado que me prestaria, ao entrar nesta dança frenética e assustadora corrida por um sucesso o qual talvez eu nem reconheça como algo que faça sentido pra mim. É, eu sou adulta agora.