... Refletindo sobre o certo e o errado, vi que a única diferença entre os dois é a maneira como se olha para eles. Pensando sobre princípios, sobre valores, determinação, questão de ética, cheguei a uma singela conclusão: que todas as visões estão juntas e caminham praticamente para serem a mesma coisa. Ter princípios é saber-se quem é. Simples. E impossível seria saber-se quem se é desfrutando de determinação sobre atitudes, decisões, rumos e escolhas sobre si. E, uma vez que, sem princípios e determinação, a ética seria inexistente, pois, sem saber quem é, não se tem planos ou se toma decisões significativas, tampouco se determina a nada, que é seu resultado, e assim, também se ausencia à moral, que é nada mais, nada menos, do que nossos conceitos de certo e errado, e assim voltamos ao ponto de vista de quem vos escreve, de que estes são julgamentos apenas separados por tênues linhas de visões cansadas e que de nada sabem. Penso que em nosso caminhar há mais do que questões de pontos de vista pessoais, que por vezes é apenas severamente crítico e nada mais.
É cruel descartarmos o que aprendemos ao longo de nossas caminhadas por postura ou aparência; é pouco inteligente ignorarmos nossos aprendizados, vistos de nosso ângulo natural, para seguirmos passos de outros que renegaram seus desejos e fizeram história destruindo seus sonhos e acimentando sobre eles a missão de serem alguém admirado ou aceito por padrões que nada têm a ver com seus pensamentos ou vontades. Valores, a mim, são a combinação perpétua de caráter e dom. Quando eu falo caráter, falo no sentido de ser justo. E o dom, é a capacidade de se trilhar rumo à felicidade. Sem pré-conceitos, que são como prédios antigos, velhos, desbotados e carregados de histórias nostálgicas de um passado que não nos pertence mais. A ideologia não pode ceder à construções de prédios, engenheiro e operários baratos, ou à discursos e acordos que favorecem uns e prejudicam outros e que não nos levam a lugar algum. Refletindo sem cessar, sei que nada se justifica não se fazer feliz para acenar aos alheios e necessitar aplausos, tampouco, pouco conhecer-se e conhecer mais de outros do que seu próprio anseio e os passos que te levarão ao gozo de que dá o sentido de existir...